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Medida visa identificar ligações irregulares na rede de esgoto
Desde maio de 2021 quando a Ambiental MS Pantanal começou a operar o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) em parceria com a Sanesul, a tecnologia do termonebulizador (fumacê) é utilizada. De lá para cá, os profissionais que realizam o serviço, já passaram pelos municípios de Bonito, Naviraí e Dourados, onde a equipe está trabalhando.
O principal objetivo do fumacê é identificar ligações irregulares de águas pluviais (água provinda das chuvas) na rede coletora de esgoto (RCE). O trabalho em campo é realizado por profissionais das duas empresas e conta com o apoio da Prefeitura do município que está sendo executado o serviço.
Ele funciona da seguinte forma: A equipe vai até um local pré-definido para vistoriar a rede de drenagem. Essa vistoria é realizada através de um equipamento que emite uma fumaça não tóxica em um ponto determinado das RCEs.
Em condições regulares, a fumaça fica retida na RCE, mas quando é identificado algum ponto de escape, significa que existe uma possível irregularidade (ponto de infiltração) que precisa ser investigado. Em caso de irregularidade confirmada, os donos dos imóveis são orientados a corrigir o problema.
De acordo com o Gerente de Operações Célio Damásio Filho a medida tem caráter preventivo, a fim de evitar danos nas redes e transtornos para a população. “As RCEs foram criadas e dimensionadas para recebimento de efluente sanitário. Caso exista alguma interligação de água de chuva, pode ocasionar danos na rede, obstruções, extravasamento e prejuízos à população e à qualidade do atendimento/serviços prestados”, detalha Célio.
A primeira vez que o fumacê foi utilizado foi em maio de 2023, na execução do Projeto Rios Cristalinos em Bonito, município que fica a 297 quilômetros de distância de Campo Grande. Ao todo foram seis meses de trabalho e toda cidade foi atendida.
Em Naviraí, cidade a 364 quilômetros da Capital, a operação durou 30 dias e os profissionais visitaram um bairro e atualmente, a equipe está trabalhando em Dourados, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Segundo o Gerente de Operações a expectativa é que o projeto neste município, dure cerca de 12 meses e a meta é alcançar 50% da cidade.
Desde que a operação começou em Dourados foram registradas 64 notificações. Para o Coordenador da Regional de Dourados Aldo de Souza Benevides essa operação é superimportante, o desafio é fazer com que a população entenda a necessidade da ligação interna de esgoto dentro dos padrões. “Isso interfere diretamente na própria saúde, pois descartes irregulares não estão dimensionados a RCE”, pontua.