Ribeirinhos da Baía Negra recebem primeiras mudas em projeto de reflorestamento do Pantanal

Postado por paintbox em 07/jun/2021 - Sem Comentários

A Ambiental MS Pantanal (AMSP) – empresa de saneamento criada a partir da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Sanesul e o Grupo Aegea – anunciou, neste fim de semana, a doação de mil mudas de espécies do cerrado e do Pantanal para o projeto de reflorestamento da Área de Preservação Ambiental (APA) da Baía Negra, em Ladário (MS).

No Dia do Meio Ambiente, celebrado no último sábado (5), ribeirinhos do Rio Paraguai que tiveram territórios destruídos pelas queimadas recordes do ano passado fizeram o plantio simbólico das primeiras mudas de espécies frutíferas (baru, pitanga e jenipapo), além de tipos nativos de ipês.

A ação foi realizada em parceria com as ONGs Comitiva Esperança e Ecoa, de forma controlada, sem causar aglomerações, e as demais mudas serão plantadas no período das chuvas.

Por conta das queimadas do ano passado, o sustento da população que vive às margens do Rio Paraguai foi duramente afetado, uma vez que florestas inteiras foram atingidas. Estima-se que os incêndios tenham causado o maior prejuízo ambiental já registrado no Pantanal, de acordo com João Mazini, coordenador da Comitiva Esperança. “O fogo levou embora hortas e pomares deixando os moradores em situação de insegurança alimentar”, alerta.

Vale lembrar que plantas frutíferas que davam sustento aos ribeirinhos e aos animais que ali viviam ainda não se recuperaram. Além disso, o baixo nível do Rio Paraguai está prejudicando a pesca, de acordo com moradores locais.

“Queimaram meus pés de limão, que já estavam dando fruta; o mandiocal; as ramas que eu tinha para plantar de novo”, lamenta dona Zilda, que vive na região há pelo menos 20 anos. No quintal da vizinha dona Branca, que por pouco não teve que deixar sua casa por causa das chamas, aconteceu o mesmo: “O fogo levou os pés de caju, jabuticaba e a banana da terra”.

“O objetivo da ação é ressaltar a importância do reflorestamento das áreas devastadas e também lembrar que para ter esperança num futuro mais verde, é preciso antes semear”, explicou Mazini.

A APA Baía Negra é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável e foi criada com o intuito de unir a proteção ao meio ambiente à sobrevivência da população tradicional da área. Esta foi a primeira APA criada na região.

“Não vemos a hora de reflorestar; principalmente as plantas nativas que o fogo levou… Queimou tudo”, disse Dona Júlia, que também construiu sua vida na APA. “Mas, neste momento, a esperança é muito grande para nós”, pondera.

O sábado também marcou o primeiro mês de operação plena da MS Pantanal, que veio para acelerar os investimentos no setor de saneamento com a missão de universalizar o esgotamento sanitário, ao lado da Sanesul, na próxima década.

MS Pantanal conclui fase de modernização do sistema de monitoramento do esgoto

Postado por paintbox em 28/maio/2021 - Sem Comentários

Passados menos de um mês do início da operação plena, a Ambiental MS Pantanal (AMSP) – empresa criada a partir da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Sanesul e o Grupo Aegea – concluiu, nesta semana, a fase de modernização das centrais de monitoramento do sistema de esgoto em todo o Mato Grosso do Sul.

Na prática, isso significa que o funcionamento de 192 estações elevatórias de esgoto (EEEs) está sendo monitorado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da empresa, em Campo Grande, em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias.

A companhia veio para reforçar os investimentos no setor, a fim de garantir – ao lado da Sanesul -, a universalização dos serviços na próxima década. Com isso, o MS será o primeiro estado do país a garantir saneamento básico à toda a população, tornando-se referência nacional.

O movimento representa uma melhoria na gestão dos ativos e na eficiência tecnológica. Agora, dados como o nível do esgoto nas estações elevatórias e o estado de funcionamento da estrutura eletromecânica (bombas, geradores e baterias) serão coletados em tempo real. Evita-se, assim, problemas como extravasamento das unidades.

Isso foi possível graças à instalação de novas centrais de monitoramento. Essas centrais substituem discadoras analógicas e permitirão a coleta de dados operacionais mais detalhados nas estações elevatórias e de tratamento do esgoto nos 68 municípios onde a empresa passa a operar.

Com o novo sistema, o quadro de comando de cada unidade enviará dados sobre o funcionamento dos equipamentos da planta para um sistema informatizado. “Essa é uma solução inovadora que foi desenvolvida pela Aegea”, disse o coordenador de eletromecânica da MS Pantanal, Janderson Fortunato. “Esse tipo de monitoramento trouxe uma redução de custos e o aumento da confiabilidade nas operações”, completou.

A iniciativa incorpora inteligência de dados e tecnologia à gestão, permitindo a coleta e cruzamento de informações importantes e úteis para o desenvolvimento de estratégias de atuação e investimento.

E por falar em inteligência, nesta semana, o programa Infra Inteligente – também desenvolvido pela Aegea – foi tema de destaque no “Fórum Saneamento 2021”, realizado quinta-feira (27), na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. O evento é visto como o mais importante do setor no país, e tem como intuito expor os avanços representados pelo novo marco legal, sancionado no ano passado.

No evento, o diretor sênior de projetos da Aegea, Wagner Carvalho, falou sobre o programa, que consiste no mapeamento e digitalização de todos os ativos da sanesul, com equipamentos de ponta que permitem a criação de mapas tridimensionais interativos.

Além disso, o Infra Inteligente, programa pioneiro no setor, permite a realização de visitas virtuais nas estruturas das concessionárias, em qualquer lugar do país, prevenindo problemas, facilitando a tomada de decisões e otimizando recursos e serviços de saneamento.